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" Conversas sem ferrolho !!!? ": « Amar um " filho " , sem ser pai ... » *
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-  Edição de 01 março, 2007 -

 

« Amar um " filho " , sem ser pai ... »

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Continuação. .

.......................................( XI Parte ) .
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...Chico , ao ver o sucedido , apressou o andamento das mulas . Fosse lá quem fosse , decerto precisaria de ajuda , o tombo tinha sido grande ( pensou ele ) . A mulher não se mexia , mantinha-se na mesma posição desde que caíra . Chico conforme se aproximava , ia tendo a sensação de que aquela mulher lhe era familiar , começou a sentir o coração a acelerar , chicoteou as mulas , aumentando o ritmo do andamento . A pouco mais de três dezenas de metros reconheceu-a , era Vera , a mulher dos seus pensamentos . Chegado à ladeira que dá acesso à bica , estancou os animais abruptamente , saltando de seguida da carroça , e correu ladeira abaixo ao encontro dela .
Vera estava desmaiada , Chico aproximou o ouvido do coração dela , e ouviu-o a bater ... Vera estava toda molhada , em parte era da enfusa que se partira com a queda , mas na zona das pernas tinha outro tipo de molhado , um molhado esquisito , que lhe alertou os sentidos . Enquanto Chico pensava no que fazer , vinha chegando à ladeira Hipólito , no seu burrico , carregado de cântaros para encher de água . Deparando-se com tal cenário , correu ladeira abaixo na direcção de Chico e de Vera :
- Então o que se passa ? ( perguntou Hipólito , ofegante ) .
- A Vera caiu ao subir a ladeira , eu via cair ... Quando vinha lá em baixo , depois de passar os Choupos ,vindo do lado do Monte do Barranco , vi alguém a subir a ladeira e cair . Só vi que era ela , já aqui perto da vereda .( respondeu Chico , com a voz trémula ) .
- E agora o que fazemos ? ( perguntou Hipólito ) .
- Temos de a levar daqui ! Ajuda-me a levá-la para a carroça , que eu já sei o que fazer . ( disse Chico ) .
Os dois , com muito cuidado , pegaram na Vera e subiram a ladeira , colocaram-na na carroça . Chico , com meia dúzia de braçadas de pasto , que cortou com a foice , fez um camalho , colocando a sua própria camisa para proteger a Vera dos balanços da viagem , tudo isto feito numa correria , ajudado pelo amigo...
Entretanto , Chico fez um pedido , ao amigo Hipólito :
- Vais à do meu patrão , e contas o que se passou , para ele não ficar em cuidados , que eu vou para minha casa . ( pediu Chico , ao seu amigo ) .
- Fica descansado , que vou já para lá . ( disse-lhe o amigo , e assim fez ) .
Chico , enquanto se deslocava em direcção a casa , ia pensando , a sua mãe já tinha parido sete filhos , decerto que tinha experiência , e algo poderia fazer , para o ajudar nesta difícil tarefa , que o destino lhe tinha mais uma vez reservado .
Hipólito , tal como prometera ao seu amigo , acelerou passo ao burrico , e foi à do patrão Américo dar o recado . O patrão , um homem às direitas , e que tinha Chico como um filho , chamou a mulher :
- Zefa , Zefa ... ( bradou o patrão de Chico , pela sua mulher ) .
- Sim homem , que gritaria é essa !!??? ( perguntou a esposa , admirada ) .
O patrão Américo , pôs a mulher ao corrente dos acontecimentos , ao que acrescentou :
- Vai lá a casa dele ver se é preciso alguma coisa , e ajuda no que puderes . ( Disse o marido em jeito de pedido ) .
Dona Zefa sem nada dizer , foi para dentro de casa , ao mesmo tempo que ia tirando o avental , preparar-se para o que o marido lhe pedira ...
Entretanto , Chico , tomando caminho por atalhos , rápidamente chegou a casa . Estava a sua mãe a varrer a travessa junto ao portão do quintal , que por sinal estava aberto de par em par , quando chico entrou quintal a dentro com a carroça , tendo a sua mãe ficado admirada com a presença do seu filho ali aquelas horas , e com cara de que alguma coisa tinha acontecido . Chico no interior do quintal , deu a volta à carroça recuando até ao alpendre , depois bradou à mãe pedindo ajuda , como se ela tivesse a milhas . Dona Anacleta assustada , correu em seu auxilio , enquanto Chico tirava o resguardo traseiro da carroça , a sua mãe subia as escaleiras , o mais depressa que podia .
Vera , com os tombos da viajem , já tinha recuperado os sentidos , o seu rosto estava desfigurado , e gemia de dor ...
A mãe de Chico , quando olhou para o interior da carroça ficou de boca aberta!
Sem demoras , e enquanto pegava com muito cuidado na Vera ao colo , Chico ia dizendo à mãe o que tinha acontecido . Dona Anacleta antevendo o que se iria passar , disse ao filho para a levar para o quarto dela , porque a cama era maior e porque iriam necessitar de espaço .
Por sorte , os irmãos mais novos , estavam em casa da vizinha Maria João , de brincadeira com os filhos dela , também ela , tinha parido à pouco tempo , e fazia trabalhos de costura para fora com a Beatriz , a irmã de Chico ...
Pouco depois , chegou a dona Zefa , preparada para ajudar . Depois de uma análise efectuada pela mãe e pela patroa de Chico , ambas chegaram a conclusão que as águas tinham rebentado , e que Vera tinha que parir quanto antes . Dona Anecleta , mandou o Chico chamar a irmã a casa da vizinha , porque toda a ajuda seria pouca . Assim que chegaram , a mãe disse ao Chico para atiçar o lume e pôr mais lenha , com os caldeirões maiores cheios de água , para ferver , ao mesmo tempo pediu à filha Beatriz , para cortar dois ou três lençóis aos pedaços e para pôr dentro de um dos caldeirões , para desinfectar . Do quarto ouviam-se os gritos de dor , Chico começava a ficar nervoso ... Já eram horas de almoço , andavam todos numa labuta desenfreada , quando chegou o irmão João para almoçar ( João um ano mais novo que Beatriz , andava a aprender a arte de ferreiro com o primo Afonso , e ia todos os dias almoçar a casa ) , quando se deparou com todo este aparato ... Beatriz , chamou o Chico , alertando-o de que se devia avisar a família da Vera , Chico concordou . Depois de explicarem ao irmão João o que se passava , pediram que ele fosse a casa dos pais de Vera dar a noticia , mas para não ser alarmista ... João acenou com a cabeça que sim , e abalou correndo ... Depois de dar a noticia , à mãe de Vera , João foi para casa do primo Afonso , onde também colocou os primos a par dos acontecimentos e almoçou com eles ...
A água já fervia e rapidamente iniciaram os trabalhos , era panos quentes era água quente , enfim era uma corrida contra o tempo .
Nervosissima dona Filomena , chegou a casa de Chico , os gritos de dor , ouviam-se na rua .
Chico no alpendre , andava de um lado para outro nervoso , e sempre que ouvia os gritos de dor da sua amada , cerrava os punhos como se senti-se também a dor . Os minutos pareciam horas ... Chico tentou entrar no quarto , para ver o que se passava , mas foi corrido de imediato pela irmã , alegando que aquilo era trabalho de mulheres , ele voltou novamente para o alpendre , e recomeçou a marcha de um lado para outro ... Os gritos , os gritos deixavam-no louco , não sabia o que fazer , descia as escaleiras , e ia até ao portão , voltava novamente a subir para o alpendre . Lá dentro ouvia a pedirem , mais panos , mais água ... mais gritos ... O tempo continuava a passar ...
Até que se fez silêncio , ele estancou automaticamente , como se o coração tivesse parado . O silêncio demorou eternos segundos .
De repente ouviu-se um choro , sim era um choro , era um choro tenro ...


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.Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência
.
Moinante = A.J.S.B.
.
Continua brevemente ..


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Comentários ( diga de sua justiça ) Tesoiradas : . . .
O Chico tem um bom patrão!
Parabéns a tua estoria continua muito interessante.
Bjs
 
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Que lindo " um choro tenro "

Um bom fim de semana jinhos
 
. . .
OLá
Um conto fantástico!
Um bom fim de semana e aguardo os próximos capítulos
 
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E...uma criança chegou a este mundo cruel.
Nunca é demais confessar que não posso passar sem vir a este blogue.
Nem sempre comento, é certo, mas a leitura, essa....não posso esquecer.
Abraço
Paulo

PS: Hoje não é "dia de finados"...afinal há uma nova vida humana. Rissssssssss
 
. . .
Passo para ler e dar continuidade ao texto que nos trás suspenso desde há tempo, pela sua qualidade e interesse. Óptimo fim-de-semana.
 
. . .
Mais um bom momento de leitura...

E assim, mais uma vez o " Grande "
Chico foi em socorro da sua amada...
E o milagre aconteceu...

Fico ansiosa por saber o que irá acontecer depois do nascimento do novo ser...

Fiquei curiosa... não fiquei a saber se era menino ou menina...

Aguardo pelo capítulo seguinte.

Bom fim de semana.

Um abraço amigo da

Maria
 
. . .
To ficando fã de carteirinha de Chico!

Um choro com som potente, porém - terno e macio!

Adoro tua historia.
Escreve mais, por favor...Até parece que preciso pedir...rss!

Abraços.
 
. . .
Olá!

Gostei de "tesoirar" por aqui!

Abraço.
 
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passo em bicos de pés...envolta no mistério da lua...gostei do que li, tens jeito, piblicao o livro, pede ajuda, porque é muito complocado...voltarei por cá, agora tenho que ir a lua chama-me...
fica bem...
 
. . .
Olá amigo!
Passei pra te deixar um grande beijo e um bom final de semana.
 
. . .
Isto já são os efeitos do encerramento das Maternidades por este reino afora.
Ainda bem que passavas por ali na altura dos acontecimentos.
Penso que vais ser convidado para padrinho do catraio.
Desde já ergo uma taça à saúde de todos principalmente do bébé que ajudaste a nascer, são e escorreito.
Bom Domingo para ti e rápida recuperação da mãe Vera.
 
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Isto já são efeitos colaterais do encerramento de Maternidades neste ano da graça de 2007.
Ainda bem que ias a passar na hora e local certo.
Advinho mesmo que vais ser convidado para padrinho do catraio.
Erdo uma taça de espumoso à saúde do bébé e rápida recuperação da mãe, Vera.
Um bom Domingo
 
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Venha a terceira parte, esta história dáva um filme...interessante...

Abraço forte
 
. . .
Olá!
Espectacular!
Venha o resto. Bom fim-de-semana
 
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Olá!Obrigada!Pois eu não tenho deambulado muito pelos berlogues...Uma boa semana!Ah, e a história continua!:-)
 
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Está-se a tornar um conto bastante interessante. Qualquer dia sai o livrinho...
Eu vou continuar a publicar umas históriazecas nas 4feiras com aquele grupinho do costume.
Uma boa semana para ti!
Abraço
 
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Da janela do teu quarto
Olhas o mar tarde escura
As ondas trazem lembranças
Que em tua alma perdura

Chegou o profeta, espero-te no meu castelo de emoções.

Purifico-te com pingos do céu
 
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Moinante

Passei para agradecer a visita ao meu blogue. Volte sempre :)
 
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Continuo a ler com o maior interesse. Tens o poder de nos prender neste enredo. **
 
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cada vez te admiro mais , como pessoa , como intelectual sem formação ( autodidata ) e como amigo , mereçes que alguém te convide para editar o livro ...
 
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A tua história continua a ter interesse! Esperemos pelo resto!
Obrigada pelas visitas!
beijos miss
 
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e uma criança nasceu ... lindo
 
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Até arrepia... (o ritmo da acção está muito bem conseguido)
 
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Estou encantada com esta história!

Parabéns!
 
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