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-  Edição de 06 junho, 2007 -

 
.( Mini blog-romance - Ficção ).

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( II Episódio )
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" Natércia "
( A Sopeira Dos Sonhos Traídos )
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......Genoveva , sua prima , há um par de anos que tomara rumo a sul , saíra daquele lugarejo com a esperança de encontrar melhor vida , dar também alimento aos seu sonhos , trocara o ar da serra pelo frenesim da capital . Durante a noite de Natal , Natércia com ela conversara todo o serão , ficou deslumbrada com as histórias , que então ela lhe contara ...
A prima prometera-lhe arranjar trabalho , e quando isso acontecesse , dir-lhe-ia por correio , quando embarcar com destino à grande cidade . A moçoila constantemente sonhava com esse dia , tão longínquo , sonhava e suspirava , a sua mente planava alto , num voo de sonho por terras desconhecidas . Sem ela dar conta , a sua mãe saiu de casa batendo a porta por descuido , acordando-a daquele maravilhoso sonho .
......Era dia de lavar a roupa da semana . Juntas , por entre a densa vegetação que ornamentava a paisagem , mãe e filha seguiram destino , de alguidares à cabeça , desceram a vereda na direcção do ribeiro , o caminho acidentado era feito com cuidado , não fosse acontecer alguma desgraça . Chegadas ao ribeiro , Natércia colocou o seu alguidar sob um penedo , ajudando de seguida a sua mãe a descarregar o dela , a labuta começava pouco depois .
......Livre da nascente , tomava conta das mãos sem piedade , roxas de tanto frio , rápido ficavam trôpegas condicionando as suas intenções . Enquanto lavava e batia , a sua alma foi tomada pela corrente , harmoniosa , saltava de seixo em seixo desviando-se dos penedos numa dança enfeitiçante , entoando o seu doce cântico como que a dizer-lhe :
" - Anda , vem comigo por estes ermos abaixo , correr por essas terras desconhecidas , apreciar as belezas deste mundo que se estendem à minha passagem . Anda , vem ao sabor do desejo , por esses estreitos e pegos , partilhar o carinho da natureza que me cobre de sombra aliviando-me o cansaço , ou sentir os beijos dos seus filhos , que abundam nas minhas margens , que quando bebericam um pouco de mim matam a sede e ralaxam na fresquidão . Anda vem conhecer estas terras que banho e que tu tanto anseias ... "
.....A pureza da água passante , espelhava a imagem daquele rosto sonhador , a quem a essência da vida por breves momentos lhe levara a alma sedenta de encantos na flor da existência . O bater da roupa na fraga e o silvar do vento no mato , de novo a traziam à velha realidade ...

António B. (Moinante)



.Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência .

Etiquetas:


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Comentários ( diga de sua justiça ) Tesoiradas : . . .
Olá, Moinante!
vejo que as tuas capacidades continuam intactas.
Gostei de ler.
Um grande abraço!
 
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Viva Moinante:

Está na altura de escreveres um conto sobre o péssimo tratamento que anda a ser dado ao meio-ambiente.
Um tema com "pano para managas".

Mas... quem pára um pouco para pensar e ver que este planeta maravilhoso está a pedir a ajuda de todos?

Um abraço,
 
. . .
Olá, Moinante...
Vou continuar a seguir este teu romance...
Hoje realçaste o convite ao desconhecido que, de longe, parece bem melhor que a dura realidade... Vamos ver que rumo seguirá a rapariga...
Para ti... Um beijo ternurento...
 
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Muito giro.
Mesmo que o trabalho diario seja intenso, há sempre oportunidade para sonhar com algo melhor.
beijos
 
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passei p desejar bom resto de semana
 
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Julgo que a Natércia não se vai acomodar a tal realidade...
:)
 
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Abraço.

Paulo
 
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Voltarei para ler com mais atenção.
Mas sei que vou gostar. Já gostei da foto!
abraços
 
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Vem apoiar-me, compreender-me.


D. MARIA
 
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Olá querido amigo,

Esta História da Natércia, está tão realista... que por vezes... também recordei os meus tempos de menina e moça. No Alentejo, também era como descreveste a azáfama de lavar a roupa da semana!
Impressão minha... ou retratei-me na Natércia?!!

Os meus sonhos foram realizados...espero que os dela ...também!

Aguardo...pela continuação... da História!

Bom feriado meu amigo.

Abraço da

Maria
 
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Olá Moinante:

Que sublimes evocações me trazem estes teus novos relatos! A minha infância, durante as férias na aldeia dos meus avós, quando ia com a minha mãe à fonte buscar água nos cântaros e no caminho passávamos nos lavadouros públicos, onde as mulheres trocavam confidências enquanto a roupa estava a corar. Trocavam cubos de sabão, esfregavam alegremente a roupa enquanto se punham a cantarolar, tempos que não voltarão, saber isso deixa-me uma sensação de vazio, sabes...

Bjs. Bom feriado.
 
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Uma beijoka
 
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Está muito realista… lembrou-me de quando eu era pequena e as pessoas (mulheres) iam com bacias cheias de roupa para lavar… Era tudo a ver quem chegava primeiro para escolher as melhores pedras…
 
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Moinante

Apesar de adorar ler os seus textos, tem sido difícil estes dias pois as letras estão em tamanho garrafal. Não há ecran que aguente...lol...Alguma sugestão para que voltem ao tamanho normal? Ou será do meu laptop? Abraço
 
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Olá Moinante
continuo a acompanhar as histórias da Genoveva e da Natércia...fico encantada com a tua forma de descrição.

Maio, em toda a sua plenitude
e acordo com os ângulos do tempo marcados na pele,
vou de férias...Alentejo!
Parece-me um bom ponto de partida,
sigo, sem destino certo
fui dar a Estremoz e, por aí...
É hora de chegar, regresso
e trago tanto por contar
o que vi e senti
queres-me acompanhar?
Uma viagem virtual ao longo de
mil kms. e 4 dias de mini-férias.

Bom fim de semana.
Beijitos de carinho.
 
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o Outono está se aproximando do fim...venha curtir comigo os seus últimos dias.

beijos

fuser
 
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Passei apenas para desejar um excelente fim-de-semana!

Beijinhos!
 
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Que história interessante!
Beijos
 
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Ola! Moinante!
Que históriamais linda quero acompanhar passo a passo viu amei a sua visíta e te espero sempre vc sempre é bem vindo em meu blog.Bjs com sabor de saúdades!CARMEN!!!
 
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Continua com uns posts excelentes...obrigada pelas palavras...um optimo fim de semana, bejos
 
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Venho retribuir a visita e fiquei presa, suspensa das palavras, do encanto da serra e dos sonhos presos no arroxado das mãos ansiosas. Verídica descrição das lavadeiras no ribeiro de águas cantantes. Belo momento de poesia.
Deixo-te um beijo doce nim fio de luar.
Bom fim de semana, dá-nos o seguimento da Natercia. há sonhos que merecem vencer
 
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"......Livre da nascente , tomava conta das mãos sem piedade , roxas de tanto frio , rápido ficavam trôpegas condicionando as suas intenções ."

Olá :)

passei para agradecer a visita e vi que afinal tinha razão... aquelas palavras tinham saído de algo importante!

Todo este ambiente recordou-me a minha bisavó... gostei e vou voltar.

Obrigado pela passagem.

Bom fim de semana!
 
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ora cá está um tema que tem muito que contar.Voltarei.
Sê feliz***
 
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Este trecho fez-me recuar na vida cerca de 35 anos e as minha memórias foram buscar à gaveta os momentos em que, lá para os lados da Serra da Estrela, acompanhei a minha mãe e irmãs mais velhas à ribeira, com os cestos de roupa para lavar. Como o mundo mudou em 35 anos!!!!
 
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também eu nasci na cidade, cresci numa terra perdida nos vales e serras. Agora outra vez na cidade, pork ainda não sei bem mas eu fugi da aldeia. Este romanca é como as histórias que ouvia, alias ainda oiço adoro transportam-me por vezes dá-me a sensação que estive lá. bom eu vou vir de certeza continuar.. bom fds
 
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Saberás, que as palavras, soltas ditas ao triste e leviano acaso, são um rio de sal, desenganos, viagem que desagua em embaraço. Porque existem sempre palavras ditas, por toda a santa gente, doces, amargas, arrasadoras, em boca de quem muita vez mente.
Uma palavra solta da boca impura, é monstro que afugenta a luz, sortilégio de negro anjo, o lado mais escuro da lua que a alma seduz...

Forte abraço


Doce beijo
 
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Para começo está simplesmente maravilhoso! Bonita descrição que nos leve a passear por esses montes e paisagens tão belas! Como deve sonhar a Natércia!...

Um abraço
 
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Caro Amigo, Após uns tempitos "no alto mar" cá estou de regresso e actualizei os meus posts assim como respondi aos comentários. Por favor, passe pela "Península" quando puder.

De certa forma, o post que hoje coloquei também é um apelo a todas estas gentes que realmente vivem e sofrem e sonham, as gentes que constroem Portugal e por vezes têm que o abandonar para poderem singrar e redescobri-lo.

Abraço d'O Pirata
 
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Finalmente consegui ler ambos. Excelente, adoro as paisagens bucólicas e os ritmos do campo. Abraço
 
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Caro Moinante,

Chegámos aqui através de um comentário que deixou no blogue do Pirata das Berlengas e que nos tocou profundamente!

Ah! Portugal! Ainda consegues despertar comentários desta ordem e inspirar Amor em pessoas de nobres sentimentos!

Ficámos muito felizes.

Não resisti a passar aqui a deixar um abraço nosso,

Isabel e José António dos blogues "Poesia Viva", Observatório" e "Caminhos do Coração".
 
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Faz lembrar histórias que a minha mãe contava da adolescência dela numa aldeia pequenina:)

beijinhos grandes e boa semana
 
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Como sempre, as tuas palavras levam-nos para essas serras, onde a beleza não impede quem lá vive de desejar outros horizontes. **
 
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Olá MOinante !
Obrigado pela tua Passagem e pelas tuas Palavras ...
Só hoje estou a passar pelos Amigos ...
Um Abraço !
 
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Desta vez não me avisaste. Tenho estado de férias com acesso reduzido à net e pouco tempo disponível. Quem não aparece esquece está visto. Amuei :(
Gosto desta sonhadora , espero que lhe dês um bom destino. Ao menos que na ficção se cumpram os sonhos.

beijinhos
 
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Voltei para perguntar se sabes o que é um "meme"? Então passa pelo meu cantinho (http://coisas-de-daniella.blogspot.com/) tens lá um "meme" para dares continuidade, pode ser…?
 
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Moinante,
suas histórias me lembram Eça de Queiroz. Continue!
 
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Olá...
Já apetece mais um pouco...

Beijinhos...
 
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Quem nunca foi uma Natercia?! Um menina mulher cheia de sonhos...

Amigo, muita obrigada pela partilha do poema, vou colocá-lo no blog com o seu nome e link.

Um grande beijo
 
. . . Enviar um comentário



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