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Porque pode acontecer a todos nós .
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.- Edição de 17 março, 2007 -
" PATER DEDICATU "
Concluo , com a edição de mais um episódio do romance , que tenho vindo a publicar , que se enquadra , perfeitamente , na data que se avizinha ...
..
................................." Ser pai ... "
...
.................................Tamanho de feijão
.................................Meu sonho era uma menina
.................................No meu coração
.................................Deste-me alegria
.................................Em sonho também
.................................Foste o que pedia
.................................No ventre da Mãe
.................................A seis de Junho
.................................Nem queria acreditar
.................................Maior que um punho
.................................Só sabias chorar
................................Dos meus olhos és a luz
................................A surpresa do teu aparecer
................................Pois nunca supus
................................Que te viesse a ter
................................Vi-te pequenina
................................Tamanho de feijão
................................Meu sonho era uma menina
................................No meu coração ...
.Talvez seja um blog romance .
Continuação. .
( XIII Parte ) .
.....Custódio já não sabia o que fazer , correu a aldeia de lés a lés , perguntava às pessoas que encontrava se o tinham visto , e dele nada sabia . Passou mais uma ronda pelas adegas e vendas , podia ser que se tivessem desencontrado , sem nada de novo saber . Antes de regressar a casa de Chico , passou novamente por casa dos pais , e nada ... Enquanto regressava para junto da irmã , ia pensando na dificuldade que tinha cada vez mais , em entender as manias do pai , naquilo em que as pessoas se transformam , a intolerância e a obsessão , o que o levou a ter tantas atitudes reprováveis ... O dia ia passando , o Sol cansado das alturas já havia começado a descida , à procura do aconchego da Terra . Mas o calor , esse ainda era intenso , e Custódio depois de tanto palmilhar , regressava cansado , preocupado e desiludido .
Enquanto Custódio andava nesta azáfama , em casa de Chico , os trabalhos do parto já tinham terminado . Vera adormecera depois de amamentar o filho , a pequena novidade dormia na alcofa , que aninhara todos os filhos de dona Anacleta .
Chico repunha a água gasta , as mulheres , umas na cozinha outras no alpendre , lavavam e arrumavam os utensílios utilizados no parto . Dona Filomena fazia uma barrela com as roupas da cama de dona Anacleta , quando chegou o seu filho Custódio , escalfado e com cara de caso :
- Então filho , o que é que se passa !? ( perguntou-lhe a mãe , admirada ) .
- Não acho o pai , falei com o Chico se ele podia cá vir ver o neto ... O Chico disse que sim , e eu fui à procura dele , mas não estava em casa , a égua e o cavalo estão lá , já virei a aldeia do avesso e não o encontro ... ( disse Custódio , lamentando-se ).
Dona Filomena ficou pensativa , ele estava em casa quando ela recebeu a noticia , e ele sabia o que se passava , porque ela lhe dissera ... O que o filho lhe disse ficou-lhe a remoer o pensamento . Chico vinha chegando com mais uma carga de água , Custódio foi dar uma ajuda a descarregar os cântaros , era a última viagem que ele fazia , as reservas de água ficavam novamente em ordem . Durante minutos , a mãe de Custódio, pensou e repensou onde poderia estar Justino , até que repentinamente , algo lhe veio à ideia :
- Filho ... ( chamou ela ) .
- Diga mãe . ( respondeu Custódio ) .
- Quando a tua irmã nasceu , aconteceu a mesma coisa , contigo não , ele estava no campo e só soube quando chegou a casa , mas com a tua irmã ele estava em casa , e sem darem conta ele desapareceu , o teu avô Alberto é que foi dar com ele na ermida de Santo António , era para lá que ele em pequeno fugia , quando alguma coisa mais grave lhe acontecia ... pode ser que esteja lá , vai lá ver ... Tenho esse pressentimento . ( disse dona Filomena , ao filho ) .
Custódio nem pensou duas vezes , de novo se fez à estrada ... Atravessou a aldeia de Este para Norte , por atalhos e travessas , rapidamente chegou ao sopé do outeiro , onde se localiza a ermida , ainda tinha de subir uma ladeira empedrada , que termina numa pequena escadaria que dá acesso ao adro interior da ermida . Cá debaixo não avistava ninguém , e a porta da ermida estava fechada ... Aqueles segundos de pensamento , deu tempo para recuperar o fôlego . Sem mais demoras iniciou a subida a bom ritmo , mas quando começou a subir a escadaria as pernas já tremiam . Quando entrou no adro , olhou para o lado direito de imediato , em cima do assento embutido na parede por baixo da grande janela em arco , estava uma garrafa cheia de vinho , olhou para o lado esquerdo , sendo o adro simétrico , estava o pai sentado , de cotovelos em cima nas pernas e de cabeça apoiada nas mãos . O pressentimento da mãe estava certo . Estava estático , nem dera pela sua presença . Porque raio estava ele ali naquela encenação , pensou ele ... Custódio , lentamente avançou até junto do pai e sentou-se a seu lado , o velho Justino sentindo a sua presença , levantou a cabeça olhou para o filho , e voltou à posição inicial . Assim estiveram durante alguns minutos , até que Justino falou :
- Como é que está a tua irmã ?? ( perguntou ele , de voz trémula ) .
- Não está mal , para o que lhe aconteceu ... ( disse o Custódio ) .
- Já temos gente nova ?? ( voltou a perguntar Justino , no mesmo tom ) .
- Sim pai , já é avô ... ( respondeu o filho , sem ter tempo para acabar o que dizia ) .
- E então ... ?? ( continuou ele , sem levantar a cabeça ) .
- É um menino , um valente rapagão ... Vá venha comigo , venha ver o seu neto .( disse Custódio , colocando o braço sobre os ombros do pai ) .
Justino , ergeu-se trémulo , e avançou direito à garrafa de vinho , pegou nela e deu-a ao filho . Custódio pegou na garrafa e ficou a olhar para o pai boquiaberto , enquanto ele descia as escaleiras da ermida , não o estava a reconhecer , o que é que se passava com o velho Justino , não rabiou , não berrou ... Justino chegando ao fim das escaleiras olhou para trás , e voltou a falar :
- Então , o que é que fazes aí especado ??? ( perguntou ele , ao filho ) .
Custódio acordou , desceu apressado para junto do pai , e iniciaram o caminho para casa de Chico , Justino caminhou sem nada dizer ...
Vera e o filho ainda dormiam , o Astro pouco mais tinha para dar , já se sentia uma pequena brisa , que arrastava o cheiro dos campos . Cá fora no alpendre , estavam as mulheres e o Chico , tinham acabado de matar a larica , e conversavam amenamente com algumas visitas , que entretanto tinham acabado chegar .
Para o Custódio e para o pai , a caminhada tinha terminado , Justino em frente ao portão do quintal do Chico estancou , olhou para o chão e assim esteve durante quase um minuto , levou a mão direita ao bolso das calças e tirou um pequeno cavalinho de cortiça , talhado à navalha cortiçeira , voltou a olhar para o portão e assim ficou , estancado ...
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.II ENCONTRO DE BLOGS EM ALVITO
AOS 21 DE ABRIL DE 2007
ESTAMOS ELABORANDO O PROGRAMA:
-COMUNICAÇÕES S/ BLOGS
-MOMENTOS DE POESIA
-CANTARES ALENTEJANOS
-VISITA AO PATRIMÓNIO CONCELHIO
MARQUE JÁ NA SUA AGENDA!
MAIS NOTÍCIAS MUITO EM BREVE.
É claro que antes tinha que passar por tua casa. Por isso ainda não te ter dito. Com ainda não tive tempo para vir ler o teu texto, deixei para mais tarde. Gos de todos, sabes bem. Mas tu nunca podias passar em claro. És dos meus. Sabes, grande amigo, esta Europa diz-me pouco. Tenho de acabar um douturamento que tenho deixado andar para trás, brincar mais uns tempos com os meus netos e ir para onde posso ser útil. Na África, ao lado das crianças. Andei por lá em tempos, a dar aulas, e percebi que em Portugal não temos utilidade. Lá sim. Lá podemos ajudar e tornar-nos em pessoas úteis. Mas, caso as condições o permitam, cá estarei no teu blog para ler o que mais ninguém escreve como tu. Por enquanto, ainda, como te disse, tehno muitas coisas para tratar. De qualquer forma vou continuar a escrever prosa e poesia, mas para publicação. Nada neste País. Não me falta por esse mundo fora onde publicar. Abraços. Amanhã venho ler o texto.
Ambos têm que dizer um obrigado ao outo... Um por ser pai..e ela por ser filha da pessoa maravilhosa que és!
Quando ela for mais crescida e tiver acesso ao que escreves...ouvirás da boca dela um: OBRIGADA PAI!
Quanto ao texto...estou a seguir com a máxima curiosidades..tudo quanto se passa naquela familia!
Amanhã...virei ler, mais atentamente...gosto de reler...
Abraço amigo da
Maria
Lindo poema, mas que lindo. Como dizemos aqui Brasil ameiiiiiiiiiii ...
Parabéns para essa linda flor no teu jardim!
Ela deve ser tal qual o pai descreveu.
Bom, mudando de assunto, vim ver o que Chico anda fazendo..rs..
-Vejo que continua como sempre um homem dedica isso é bom!!!
Que bom que Custodio encontrou o pai “Justino “
E que coisa mais encantadora do Justino heim!Com o cavalinho de cortiça talhado à navalha, será que vai dar de presente ao bebê?
Expectativa.....!
Importantíssimo também à parte em que Justino pensa sobre a intolerância do pai.
Muitas vezes as pessoas que são assim não sabem que são. Enfim....
PS: segui tua dica..rs..., passei o batom, sacudir a poeira e dei a volta por cima literalmente.
Abraços e boa semana!
Hoje, os Heróis do Mar são novamente os convidados de honra lá no meu Forte nos trópicos.
Resto de boa semana!
Fica aqui a minha homenagem sincera.
Tentei publicar este comentário no teu post mas não consegui, deu erro. Gostava que o pusesses tu, usando o meu nome.
Cigana
Bjs
gosto tanto tanto tanto....
não é do blog, não são dos textos...
sim, do senhor policia que nos manda fazer comentários.
Beijinhos e bom fim de semana.
Quanto ao texto...será que uma nova vida irá mudar o "jeitão" rude de Justino?..hehehe
Beijos
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